Por: Thiago Trindade - 3ºC - thi.trindade@hotmail.com
Analisei navegando pela internet algumas informações sobre os deficientes físicos, tema do meu último trabalho do período na faculdade. A displicência é tão alta, que nem mesmo na maior rede de computadores do mundo encontrei informações que me suprissem a necessidade de informação. Rapidamente me veio à mente pensamentos que nem eu mesmo consegui distinguir naquele momento, mas que logo entendi. Em um exato momento aquela velha frase me voltou a tona: “Coloque-se no lugar do outro e saberá pelo que ele passa”. Então, me coloquei e com algumas comparações. Verde e amarelo... Isso mesmo, o Brasil. Já pensou o que estas cores representam para a maioria dos brasileiros? De todas as palavras imagináveis encontrei duas que se encaixam perfeitamente nesse caso, são elas: diversidade e desigualdade. Desigualdade é um registro brasileiro que tem passado incólume ao longo de décadas. Um amarelo que nada mais é que uma representação do ouro extraído por escravos, índios e africanos. Talvez, se não certeza, sejamos o país mais desigual, de um continente do mesmo modo desigual em nosso planeta. Leitores, somos a prova viva da iniqüidade da renda. E quando se repete em voz alta, que em nosso país já não há discriminação, é bizarro! Pois, nessa nossa “pseudo-democracia” todos temos a mesma cor, digamos que todos somos feitos da mesma cor; diferenciando-nos apenas na intensidade do verde ( o verde de vários tons), do verde mar ao verde lunar. Mas se esquecem, é claro, que é sempre verde.O Verde: cor secundária, miscelânea do ciano e amarelo. Mas no Brasil, parece que os verdes mais escuros, adaptaram-se a morar em barracos, e seus elevadores só sobem nos fundos destes prédios verdes claros. Pensando bem ,“desigualdade e deficiência”, são duas palavras que não deveriam apenas andar juntas, elas deveriam ser as mesmas, mais que unidas; deveriam ser siamesas, pois sofrem dos mesmos castigos. Não existem perguntas sem respostas, e não existem respostas sem conhecimento. Percebi como a deficiência de conhecimentos da sociedade é relativamente alta com relação ao grupo de pessoas com deficiência, seja física ou psíquica. É preciso que se entenda que a deficiência é algo adquirido assim como a pobreza ou a idade, já raça e gênero não, pois são atributos fixos. Toda e qualquer pessoa, seja ela quem for, ou venha ela de onde vier, é passível de adquirir alguma deficiência física ou mental no decorrer de sua vida.Então, o que fazer para colocarmos esses castigos abaixo? O que fazermos a esse grupo historicamente excluído da nossa sociedade? Seriam válidas políticas que usem a desigualdade inicial para conseguirem equidade?Essas perguntas não têm respostas concretas, porém percebo que andam em busca delas. É devido a isso, que hoje já conseguimos ver mudanças que estão fazendo a diferença na vida dessa gente. É óbvio que não é o bastante, afinal leitor nada é o bastante para que se chegue ao melhor. Como exemplo, o grupo de pessoas com deficiência já conquistou a lei de cotas, a política de assistência social também tem contribuído com tudo isso. A Constituição brasileira já garante um salário mínimo mensal aos deficientes que são miseráveis e não obstante a tudo isso é preciso que saibamos o quanto essas políticas sociais são relevantes para esse grupo, pois o pioneirismo é uma busca constante de aprimorar políticas.É preciso que haja também, a partir de nós futuros e atuais comunicadores, uma atenção mais que especial a este grupo tão esquecido em nossa sociedade. Avaliemos, pois, que somos formadores de opinião, e mais; temos acesso a tais informações com muito mais privilégio que grande parte da sociedade, cabe então somente a nós comunicadores a sensibilidade de saber repassarmos tais informações a grande parte de toda essa massa, mostrando com clareza, a realidade de tal fato. Tenho absoluta certeza, que uma ampla fatia da nossa sociedade “ainda” não reagiu a tal problema, devido exclusivamente a falta de informação. Por isso Informe, independente de qual for o meio, informe. Atinja-os com os meios de comunicação que mais se aproximam da sua comunidade. Formas e métodos não faltam.Torço para que todos presentemente estejamos cobrando a cada dia, mudanças que ajudem e influenciem na melhoria de vida de toda essa gente, e que essa nossa pseudo-democracia , deixe apenas de ser uma “pseudo” e torne-se realidade aflorando em nossa mente. Só assim, chegaremos um dia a um padrão respeitável de uma sociedade justa e preocupada não apenas com seu futuro, mais com o de toda a humanidade. Enquanto isso podem me chamar de utópico.Muito prazer.
Um comentário:
Muito bom texto Thiago Trindade,
esteja convidado a desenvolver um texto, em forma de crítica ao descaso da liberdade teresinense em torno do "Boa noite Teresina".
boanoiteeuprotesto@gmail.com
Leia os textos do blog, e analise o convite. Abraços.
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