Foi
publicado nesta sexta-feira (25), no jornal O Estado de São Paulo, que o
remédio “Truvada”, derivado da combinação entre os antirretrovirais Emtriva e
Viread, foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). O remédio é fabricado desde 2004 e seu uso já era indicado pela FDA,
agência sanitária dos Estados Unidos.
O
antirretroviral, usado em vários países no tratamento de pacientes soropositivos, foi
recomendado pela FDA no início desse mês. Usado em associação com outras
medicações, o “Truvada” permite que pessoas soronegativas possam manter
relações com portadores do vírus HIV sem a necessidade do uso de preservativo.
Foi
constatado através de uma pesquisa realizada em 2010, que o uso contínuo desse
remédio diminui, de 44% para 73%, o risco de infecção em pessoas saudáveis que
têm parceiros portadores do vírus. Seria então um facilitador nas relações de casais
em que um dos parceiros tenha, ou não, o vírus HIV, e de pessoas com atividade
sexual considerada de risco no contágio, como homossexuais e prostitutas.
Contudo,
a regulamentação do uso do remédio não será imediata. Vários debates ainda
discutirão as medidas a serem adotadas pelo Ministério da Saúde na devida indicação
do remédio. As sociedades de apoio e
prevenção à AIDS temem que o uso do remédio seja indiscriminado e que o uso em
larga escala tenha efeito contrário e fortaleça ainda mais o vírus HIV. O Departamento de DST’s, AIDS e
Hepatites Virais do Ministério da Saúde ainda não definiu as estratégias de uso
do remédio no programa Brasileiro de combate à AIDS.
Texto: Sidney Cardoso - Repórter / Estudante
Edição: Fernando Brito
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