Agência Nacional do Cinema estabeleceu metas para que o Brasil seja o maior mercado audiovisual até o ano de 2020

Até 2010 o Brasil
quer ser o quinto maior mercado consumidor e produtor em TV, cinema e vídeo no mundo. Atualmente, o pais ocupa a
décima posição. Para isso, precisa dobrar o número de salas de cinema,
triplicar a quantidade de canais de TV por assinatura dedicados à produção
nacional, veicular mais longa-metragens na TV aberta e ampliar a participação
das distribuidoras nacionais de cinema e de produtoras independentes.
As metas foram
estabelecidas pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e estão descritas no
Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual (PDM), em consulta pública no site da própria
agência. De acordo com Rangel,
o plano servirá para “orientar a ação do Poder Público” e também dará
balizamento para o mercado. “Teremos um pacto setorial”, prevê Rangel. De
acordo com ele, o plano é flexível e permite adequações ao longo do tempo, em
compasso com o monitoramento.
No documento está
descrito que em 2020, o Brasil terá 4,5 mil salas de cinema, número bem maior que
em 2010, quando o pais possuía apenas
2.206 salas, todas com projeção digital. A meta é que 220 milhões de
espectadores irão invadir as salas de cinema. A renda bruta de bilheteria total
será R$ 3,32 bilhões, duas vezes e meia acima da verificada há dois anos.
A Ancine além do
aumento do acesso ao cinema quer maior consumo de produções nacionais. A meta é
que os filmes brasileiros fiquem com um terço da receita da bilheteria das
salas comerciais em 2020 o que renderá R$ 970 milhões.
Para que isso aconteça,
a Ancine prevê a ampliação de um para oito o número de empresas brasileiras que
possuem mais de 100 salas de cinema no país, e que as distribuidoras de capital
nacional sejam as fornecedoras dos filmes que rendam a metade dos
bilhetes vendidos. Em 2020, a projeção é que, anualmente, os filmes brasileiros
ocupem 13 mil salas na estreia e a quantidade de longa-metragem distribuído por
empresas nacionais passe dos atuais 64 filmes para 130 filmes a cada ano.O plano também prevê crescimento dos canais brasileiros de TV por assinatura,
passando de 16 para 50. E a partir de 2020, haja a compra de 5,6 mil vídeos por
demanda. Nesses canais, o plano prevê a exibição de 2.079 filmes por ano. Na TV
aberta, a meta é que o número de longas-metragens brasileiros passe de 233 para
450 nas grandes redes de televisão.
Para a Ancine, as metas têm sustentação
no desempenho que o setor já apresenta sobre o PIB. Segundo Rangel, o mercado
das salas de cinema e das TVs por assinatura cresceram no ano passado 8% e 13%,
respectivamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário