Jaqueline Lima Dourado
Doutora
em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos -
UNISINOS, Chefe de Departamento de Comunicação Social (DCS-CCE) e
professora da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Jacqueline Dourado é autora dos livros Rede Globo: mercado ou cidadania?, Folkcom - Do ex-voto à indústria dos milagres: A comunicaçõ dos pagadores de promessas e A história dos devotos de Nossa Senhora da Cabeça: um estudo folkcomunicacional.
AGECOM: Como você avalia o evento?
Jacqueline Dourado:
Agente tinha uma expectativa extremamente
positiva. Sou uma pessoa muito otimista. Quando começamos a elaborar o projeto desde
janeiro, nós tínhamos as expectativas mais otimistas possíveis. Mas o evento
superou as expectativas, porque o nível de inscrições nos GT’s, o nível de
participação nas oficinas e o nível das perguntas das conferências fez com que
observássemos que o seminário contribuiu de forma excelente, tanto para o curso
de Comunicação Social da Universidade Federal, quanto para as Faculdades
particulares, bem como na consolidação do curso de Mestrado da UFPI.
AGECOM: Como foram analisados os aspectos na escolha dos ministrantes?
AGECOM: Como foram analisados os aspectos na escolha dos ministrantes?
Jacqueline Dourado:
Nós fazemos parte de uma rede
internacional a União Latino-Americana de Economia Política da Comunicação,
como aliados temos o grupo CEPOS, que é radicado no Rio Grande do Sul e aqui em
Teresina nós temos o Grupo COMum que é interligado ao CEPOS e ao LEPIC. Então,
nessa rede há sempre uma troca de trabalhos. Como por exemplo, aqui em Teresina
nós desenvolvemos alguns trabalhos com o Professor Doutor Solimar de Oliveira,
que é tanto da história quanto da economia da Comunicação. E o que é importante
destacar é que nós juntamos, através do grupo CEPOS, esses nomes que foram
“encontrados” e escolhidos de tal maneira que complementasse e que formulasse
um pensamento crítico à respeito desse cenário neoliberal, desse cenário de
transformação da televisão e do telejornalismo, dessa nova cartografia da
profissão de jornalismo que está se estabelecendo.
AGECOM: Por que EPC (Economia e Política da Comunicação)?
AGECOM: Por que EPC (Economia e Política da Comunicação)?
Jacqueline Dourado:
A Economia Política, ela vem exatamente
da metodologia do materialismo histórico dialético marxista. Então ela tem
cunho marxista e é de forma crítica. Dentro de um cenário econômico, observa-se
a comunicação de forma crítica. Então, a EPC é uma linha específica, uma linha
nova. Marx já falava a respeito de comunicação e o que agente tem feito é
observar esse fenômeno. Nesse âmbito observa-se, a Economia Política da
Cultura, Economia Política da Comunicação, tem-se vertentes onde se observa
criticamente esses fenômenos.
AGECOM: E a participação do público, o que você achou e qual foi o perfil?
AGECOM: E a participação do público, o que você achou e qual foi o perfil?
Jacqueline Dourado:
Particularmente, me surpreendeu. Nós
tivemos um perfil bem interessante de egressos do curso, de alunos de outras
faculdades, mestrandos, doutorandos, então, o público foi bem eclético ao mesmo
tempo em que todos os participantes estão incluídos em querer observar esse
fenômeno, o mercado, de forma acadêmica. Esse seminário de pesquisa serviu,
exatamente, para que possamos mostrar como a academia está observando as novas
opções que o mercado do jornalismo oferece, como por exemplo, as hastags, as
redes sociais, as redes regionais que estão surgindo, e como o jornalismo está
se reformatando. Então, tudo isso são temas emergentes e que a academia está
observando.
AGECOM: Como funcionou a escolha dos artigos que foram apresentados?
AGECOM: Como funcionou a escolha dos artigos que foram apresentados?
Jacqueline Dourado:
Essa função coube a cada coordenador de
GT (Grupo Temático). Eles foram soberanos na escolha. Os GT’s são formados por
pessoas altamente gabaritadas: um doutor, um mestre ou um mestrando. Então
essas pessoas tiveram um critério de escolha baseado numa ementa que foi
pré-estabelecida.
AGECOM: Como foi a participação internacional do Martín Bacerra?
AGECOM: Como foi a participação internacional do Martín Bacerra?
Jacqueline Dourado:
Sensacional. Bacerra é um pesquisador que
trabalha exatamente nesse processo de comunicação dentro da América latina. Um
observador bem crítico e achei fundamental a sua participação.
AGECOM: Foi concretizado o objetivo do Seminário?
Jacqueline Dourado: Esse seminário não termina hoje. Ele só vai encerrar com a publicação do livro em agosto, fruto do seminário.AGECOM: Foi concretizado o objetivo do Seminário?
Repórter: Fernando Brito
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