Fernando Goldwasser David é um
carioca de 27 anos fascinado pela profissão e pela arte de se comunicar.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), deixou
de lado o sonho de infância de ser médico para encarar esse desafio. Apaixonado por televisão, Fernando passou
pelo esporte, programa “estágio” da TV Globo, pela produção do RJTV 1ª edição, RJTV 2ª edição, Bom Dia Rio,
Bom Dia Brasil, Jornal Nacional e pelo extinto Ação.
Hoje, faz parte da equipe de Caco Barcelos do Profissão Repórter.
SEMANA COMCEUT – Como começou a paixão pelo
jornalismo? Por que escolheu a televisão como campo de trabalho?
FD – É uma história engraçada
porque depois que aprendi a ler, minha mãe me colocava para ler jornal, e como
eu era um garoto e como um bom fluminense fanático, eu só lia sobre esporte e
todos os dias pela manhã ela me dava o jornal, se tornando a grande responsável
por eu tomar gosto pela leitura. Escolher televisão não foi algo programado. Eu
estagiava na concorrência do globo esporte, e estava um pouco insatisfeito com
algumas coisas, daí surgiu à ideia de fazer um estágio para trabalhar nas
organizações Globo. Depois de passar na primeira etapa do processo seletivo,
foi que eu fiquei sabendo que era pra trabalhar na própria TV Globo, e não no
portal do Globo Esporte como eu
imaginava.
SEMANA COMCEUT – A semana de comunicação é um
evento voltado para estudantes de jornalismo e publicidade. Qual a importância
desse tipo de atividade na sua opinião?
FD – Eu acho muito importante
sim, porque da oportunidade de juntar pessoas da área, de conversar e debater
sobe assuntos diferentes na nossa profissão em relação ao que está acontecendo
no mercado de trabalho e no meio acadêmico também. Acaba sendo muito produtivo
e todo mudo sai beneficiado nisso. Para mim é um motivo de orgulho, fico até
envaidecido de poder participar de uma ocasião como essa, de poder dialogar com
pessoas qualificadas, e que estão na mesma situação que eu estava há alguns
anos atrás. Na minha faculdade eu sentia falta de momentos como esse, já que a
UFRJ é muito acadêmica, não se pensava muito nessa situação de mercado de
trabalho e nem na interatividade com os alunos.
SEMANA COMCEUT – Quais as dificuldades
encontradas no trabalho de jornalista? Há alguma pressão?
FD – Há milhões de dificuldades.
O mercado de trabalho já é pequeno em relação à quantidade de profissionais que
se formam todos os anos, isso é um fato que a gente vai ter que conviver pro
resto da vida. Outra dificuldade é a lei do mercado, onde ele acaba fazendo com
que nossos salários não sejam tão bom quanto o de outras áreas. Em relação a
pressões, quando a pessoa chega numa redação, por exemplo, você nota que sofre
uma pressão, fechar mais de uma matéria por dia, fazer uma entrevista, por
exemplo, de política, é muito difícil agradar todo mundo, e sempre tem alguém
que acha que o jornalista está pendendo por um lado, que há uma tendenciosidade
para um determinado político e vice-versa, principalmente para quem trabalha na
TV Globo existem algumas dificuldades a mais, pois há pessoas que são contra a grande mídia e evitam
você.
SEMANA COMCEUT – O que você espera da sua
palestra e o que tem a dizer aos futuros jornalistas desse país? Que conselhos
você daria?
FD – Espero ter um bate-papo com
vocês, eu fico muito feliz como havia dito anteriormente e me desafia saber que
eu tenho pela frente que conversar com pessoas qualificadas do ensino superior,
que certamente é um público que cobra, e tem que haver essa cobrança mesmo, por
isso que eu estou me preparando para fazer um trabalho bem bacana, espero
passar um pouco da minha experiência profissional, o caminho que eu percorri. O
conselho que eu tenho a dar aos alunos é que vocês estão entrando num mercado
de trabalho que é bem difícil, não se enganem, mas uma profissão prazerosa, que
da uma satisfação tamanha, e provindo às pessoas de informação. Esse negócio de
formador de opinião é algo ultrapassado, as pessoas querem ter informação para que
elas mesmas possam formar suas próprias opiniões, e nesse sentindo a gente ter
uma democracia plena.
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