Jovens contam por que abandonaram profissões de status para tentar outras carreiras e realizar sonhos
“O que você vai ser quando crescer? Aposto que é médico, igualzinho ao seu pai.” Estas foram as duas frases que Renan Abreu, de 20 anos, mais escutou durante o período escolar. “Eu tive que conviver com isso durante toda a minha infância e adolescência. Nunca, em momento algum, me senti bem. Pelo contrário: era como se minha alma se comprimisse”, desabafa o estudante de Biologia. Assim como Renan, muitos adolescentes e jovens enfrentam angústias, medos e incertezas na hora de escolher uma profissão. O conflito se acentua nos anos que antecedem o vestibular e, geralmente, acompanha a pressão em ter que optar pela área de trabalho em tempo recorde.
No caso de Renan, a escolha da carreira também implicou na expectativa dos familiares. “A influência dos meus pais pesou bastante na hora do meu primeiro vestibular. Acabei optando por Medicina, como eles queriam, e cursei até o quinto período do curso. No fundo, eu sempre soube que seria um erro. Então, depois do sufoco, decidi conversar com meu pai e dizer que não queria ser doutor, e sim biólogo”, afirma o jovem.
Em outros casos, fatores como mercado de trabalho, status, remuneração financeira e falta de informação exercem um poder muito forte na decisão dos vestibulandos. Prova disso é que na lista dos cursos mais procurados em todo o Brasil, estão sempre presentes Medicina, Direito e Engenharia. Mas, segundo pesquisas realizadas por diversas instituições de ensino do país, os cursos de Ciência e Tecnologia e Administração também têm apresentado intensa procura.
Algumas ferramentas podem ajudar na hora de escolher uma profissão. Entre elas estão os testes de orientação vocacional – realizados em muitas escolas e empresas especializadas. Com o apoio de psicólogos, o adolescente poderá entender, por meio das suas próprias descrições, quais são os gostos, interesses, habilidades e facilidades que ele possui. Além disso, existem hoje muitos sites, revistas e publicações direcionadas para a escolha profissional.
“Essas dinâmicas e informações fazem a diferença. Eu senti isso quando decidi abandonar o curso de Ciências Contábeis e fazer Jornalismo”, diz Dileane Campos, de 24 anos. A jovem afirma que passou por esse momento de indecisão no último ano do ensino médio e que por influência familiar - o pai e o irmão já trabalhavam na área de contabilidade – ela decidiu seguir o curso, mas acabou se decepcionando com a escolha. “Às vezes pensamos no dinheiro, no mercado de trabalho, no lucro, mas, no fundo, nada disso é tão importante quanto a paixão pelo que você faz. Infelizmente, ainda vivenciamos aquela história dos pais determinarem que o filho vai ser médico ou advogado. Precisamos sair desse ranço e entender que toda e qualquer profissão, quando bem exercida, dá sustento e felicidade”, declara Dileane.
O mesmo pensamento abordou o ex-estudante de fisioterapia e arquitetura Pádua Bona, 23 anos. Fascinado pela área de criação, projetos e planejamento, Pádua entrou na faculdade de saúde por “admiração, mas com o tempo, descobriu que tinha que separar as coisas, porque nem sempre somos vocacionados para fazer aquilo que admiramos”, argumenta.
Atualmente cursando Publicidade, Pádua Bona dá a dica para os vestibulandos que ainda estão indecisos sobre que carreira profissional seguir: “Profissão é como um casamento, e, muitas vezes sem direito ao divórcio. Pessoas que escolhem o tipo de trabalho que querem exercer sem levar em conta o amor, paixão, afinidade ou dom pela atividade, certamente serão, em alguma medida, infelizes. Mesmo tendo sucesso financeiro e satisfazendo os pais, esses valores um dia passam. Você, como indivíduo que quer se realizar profissionalmente, nunca pode deixar de acreditar nos seus sonhos”. Fica a recomendação.
No caso de Renan, a escolha da carreira também implicou na expectativa dos familiares. “A influência dos meus pais pesou bastante na hora do meu primeiro vestibular. Acabei optando por Medicina, como eles queriam, e cursei até o quinto período do curso. No fundo, eu sempre soube que seria um erro. Então, depois do sufoco, decidi conversar com meu pai e dizer que não queria ser doutor, e sim biólogo”, afirma o jovem.
Em outros casos, fatores como mercado de trabalho, status, remuneração financeira e falta de informação exercem um poder muito forte na decisão dos vestibulandos. Prova disso é que na lista dos cursos mais procurados em todo o Brasil, estão sempre presentes Medicina, Direito e Engenharia. Mas, segundo pesquisas realizadas por diversas instituições de ensino do país, os cursos de Ciência e Tecnologia e Administração também têm apresentado intensa procura.
Algumas ferramentas podem ajudar na hora de escolher uma profissão. Entre elas estão os testes de orientação vocacional – realizados em muitas escolas e empresas especializadas. Com o apoio de psicólogos, o adolescente poderá entender, por meio das suas próprias descrições, quais são os gostos, interesses, habilidades e facilidades que ele possui. Além disso, existem hoje muitos sites, revistas e publicações direcionadas para a escolha profissional.
“Essas dinâmicas e informações fazem a diferença. Eu senti isso quando decidi abandonar o curso de Ciências Contábeis e fazer Jornalismo”, diz Dileane Campos, de 24 anos. A jovem afirma que passou por esse momento de indecisão no último ano do ensino médio e que por influência familiar - o pai e o irmão já trabalhavam na área de contabilidade – ela decidiu seguir o curso, mas acabou se decepcionando com a escolha. “Às vezes pensamos no dinheiro, no mercado de trabalho, no lucro, mas, no fundo, nada disso é tão importante quanto a paixão pelo que você faz. Infelizmente, ainda vivenciamos aquela história dos pais determinarem que o filho vai ser médico ou advogado. Precisamos sair desse ranço e entender que toda e qualquer profissão, quando bem exercida, dá sustento e felicidade”, declara Dileane.
O mesmo pensamento abordou o ex-estudante de fisioterapia e arquitetura Pádua Bona, 23 anos. Fascinado pela área de criação, projetos e planejamento, Pádua entrou na faculdade de saúde por “admiração, mas com o tempo, descobriu que tinha que separar as coisas, porque nem sempre somos vocacionados para fazer aquilo que admiramos”, argumenta.
Atualmente cursando Publicidade, Pádua Bona dá a dica para os vestibulandos que ainda estão indecisos sobre que carreira profissional seguir: “Profissão é como um casamento, e, muitas vezes sem direito ao divórcio. Pessoas que escolhem o tipo de trabalho que querem exercer sem levar em conta o amor, paixão, afinidade ou dom pela atividade, certamente serão, em alguma medida, infelizes. Mesmo tendo sucesso financeiro e satisfazendo os pais, esses valores um dia passam. Você, como indivíduo que quer se realizar profissionalmente, nunca pode deixar de acreditar nos seus sonhos”. Fica a recomendação.
Fonte: Matéria especial para o Jornal O Dia (edição de 01 de maio de 2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário