quinta-feira, 2 de maio de 2013

Greve nos transportes públicos de Teresina

SETUT promove reunião com motoristas para evitar possível greve da categoria

         O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina - SETUT promoverá nesta sexta-feira (03) uma reunião entre empregadores e trabalhadores do setor de transportes urbanos da capital piauiense com o objetivo de firmar acordo entre as categorias.
 
          A reunião está prevista para começar às 14h30min, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Participam da reunião o SETUT e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí – SINTETRO. Diversas entidades acompanham as negociações, inclusive a Gerente de Planejamento e Transporte da Strans Cíntia Bartz Machado.
 
          O objetivo da reunião é firmar um acordo entre as categorias para evitar medidas radicais que prejudicam a população com a suspensão do atendimento. A greve dos motoristas de ônibus em Teresina já se tornou um acontecimento anual, que causa muitos transtornos aos usuários do sistema de transporte público da capital. A greve também gera prejuízos às empresas, com a queda do faturamento, ameaçando recursos usados em investimentos no setor, como a manutenção dos veículos.

          A questão trabalhista mais discutida é o reajuste salarial. De acordo com a planilha de custos vigente, a folha de pagamento (com os salários e os encargos sociais) equivale a cerca de 40% do valor da tarifa.

         De acordo com a diretoria do SETUT um aumento na tarifa não interessa nem aos usuários nem aos empresários. Ao contrário do que se pensa com o reajuste não há um aumento na receita, mas sim uma queda no faturamento, já que o volume de passageiros diminui a cada aumento de tarifa. O que os empresários almejam é ter uma forma de equilibrar os custos do sistema. E existem muitas alternativas pra isso como os subsídios do poder público.
          Os governos federal, estadual e municipal podem reduzir a carga tributária das empresas e dos insumos que compõem os custos do transporte. Outra possibilidade é o poder público arcar com a tarifa social, como acontece na maioria das cidades do país.

Texto: Lucas Marreiros - Repórter Estudante
Edição: Fernando Brito

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