Dentro do contexto histórico brasileiro, a prática jornalística tem assumido as mais diferentes conotações. Da ação de resistência às “notícias” declaratórias – baseadas nas afirmações encorpadas por floreios e amenidades, que, não raro, circulam em muitos dos nossos veículos de comunicação –, o jornalismo atua junto à sociedade, combinando técnica e comportamento social.
Partindo desse pressuposto, não é desatino afirmar que a evolução – ou retrocesso – da atividade desenvolvida pela imprensa está diretamente ligada ao modus operandi da sociedade em que se insere, isto é, o jornalismo será ineficaz em uma conjuntura deficiente, baseada em governos ditatoriais e preceitos polarizados. É bem certo que a notícia não é apenas reflexo da realidade, mas sim a construção dela. Ora, imaginemos então construir um forte de guerra com areia litorânea. Ele desabará na primeira rajada de vento, posto que o material que concretiza a ideia não é adequado para enfrentar às indisposições climáticas.
Trabalhar com o factual não é apenas condensar informações técnicas em uma linguagem acessível ou ter vocação nata para contar histórias. A profissão jornalística não é feita disso. Ela não deve ser considerada passatempo ou espaço para devaneios. As ferramentas de comunicação, em geral, devem ser utilizadas de forma cônscia, fundindo técnica, compromisso e ética profissional. Comunicar está além da mesquinhez difundida pela expressão de ideologias que atendam a interesses particulares, mascarados sob a égide do interesse público. Ser um bom comunicador exige entendimento das necessidades do mercado – bem como da trama que se desenrola em torno dele. Entendimento que é estruturado no ambiente universitário, apto a apresentar bagagem teórica e prática, associando-as às mutações tecnológicas, intrínsecas à profissão de comunicador, seja no âmbito jornalístico ou publicitário.
O esforço de fortalecer a atividade comunicacional tem se tornado trabalho hercúleo, visto a crescente desvalorização que os diplomas da área têm enfrentado (vide decisão do STF acerca da inexigibilidade do diploma de Jornalismo). A II edição da Semana de Comunicação, que aconteceu no Centro de Ensino Unificado de Teresina – CEUT entre os dias 05 a 08 de outubro, corrobora com a luta ininterrupta pela melhoria na qualidade do ensino e na formação de profissionais éticos e qualificados.
Com palestras, oficinas, debates, grupos de discussão e concursos culturais, o evento procurou estimular o senso crítico de acadêmicos, docentes, profissionais da área e de toda a comunidade piauiense quanto à importância da multidisciplinaridade e campo de abrangência da Comunicação, enfatizando a responsabilidade ética do profissional que intervém continuamente no dia-a-dia de cidadãos, governos e instituições. Ao investir na temática dos ‘super-heróis’, a Semana de Comunicação expôs a difícil tarefa dos comunicadores em driblar tempo, convicções pessoais, rotina de trabalho, hierarquias político-empresariais, dentre outros vícios, em prol do bem coletivo, da justiça, da isonomia e da conduta ética.
Heróis que travam batalhas internas – e externas – contra os entraves e superstições enfrentadas diariamente, frutos do paternalístico crivo empresarial que toma conta da rotina de produção ou da sua própria condição humana. A atividade comunicacional, especificamente a prática jornalística, pode ser uma arma que estoura na própria mão; uma via de mão única, dominada pelos comandos de uma sociedade baseada na desigualdade política, econômica e cultural. Mas também – e nisso estão contidos os sonhos e sacrifícios dos grandes nomes da imprensa brasileira e mundial – pode sair da quimérica pretensão de ser o eco da verdade (vaidade das vaidades) para se personificar, efetivamente, em instrumento social.
Matraca especial II Semana de Comunicação - baixe aqui.
Partindo desse pressuposto, não é desatino afirmar que a evolução – ou retrocesso – da atividade desenvolvida pela imprensa está diretamente ligada ao modus operandi da sociedade em que se insere, isto é, o jornalismo será ineficaz em uma conjuntura deficiente, baseada em governos ditatoriais e preceitos polarizados. É bem certo que a notícia não é apenas reflexo da realidade, mas sim a construção dela. Ora, imaginemos então construir um forte de guerra com areia litorânea. Ele desabará na primeira rajada de vento, posto que o material que concretiza a ideia não é adequado para enfrentar às indisposições climáticas.
Trabalhar com o factual não é apenas condensar informações técnicas em uma linguagem acessível ou ter vocação nata para contar histórias. A profissão jornalística não é feita disso. Ela não deve ser considerada passatempo ou espaço para devaneios. As ferramentas de comunicação, em geral, devem ser utilizadas de forma cônscia, fundindo técnica, compromisso e ética profissional. Comunicar está além da mesquinhez difundida pela expressão de ideologias que atendam a interesses particulares, mascarados sob a égide do interesse público. Ser um bom comunicador exige entendimento das necessidades do mercado – bem como da trama que se desenrola em torno dele. Entendimento que é estruturado no ambiente universitário, apto a apresentar bagagem teórica e prática, associando-as às mutações tecnológicas, intrínsecas à profissão de comunicador, seja no âmbito jornalístico ou publicitário.
O esforço de fortalecer a atividade comunicacional tem se tornado trabalho hercúleo, visto a crescente desvalorização que os diplomas da área têm enfrentado (vide decisão do STF acerca da inexigibilidade do diploma de Jornalismo). A II edição da Semana de Comunicação, que aconteceu no Centro de Ensino Unificado de Teresina – CEUT entre os dias 05 a 08 de outubro, corrobora com a luta ininterrupta pela melhoria na qualidade do ensino e na formação de profissionais éticos e qualificados.
Com palestras, oficinas, debates, grupos de discussão e concursos culturais, o evento procurou estimular o senso crítico de acadêmicos, docentes, profissionais da área e de toda a comunidade piauiense quanto à importância da multidisciplinaridade e campo de abrangência da Comunicação, enfatizando a responsabilidade ética do profissional que intervém continuamente no dia-a-dia de cidadãos, governos e instituições. Ao investir na temática dos ‘super-heróis’, a Semana de Comunicação expôs a difícil tarefa dos comunicadores em driblar tempo, convicções pessoais, rotina de trabalho, hierarquias político-empresariais, dentre outros vícios, em prol do bem coletivo, da justiça, da isonomia e da conduta ética.
Heróis que travam batalhas internas – e externas – contra os entraves e superstições enfrentadas diariamente, frutos do paternalístico crivo empresarial que toma conta da rotina de produção ou da sua própria condição humana. A atividade comunicacional, especificamente a prática jornalística, pode ser uma arma que estoura na própria mão; uma via de mão única, dominada pelos comandos de uma sociedade baseada na desigualdade política, econômica e cultural. Mas também – e nisso estão contidos os sonhos e sacrifícios dos grandes nomes da imprensa brasileira e mundial – pode sair da quimérica pretensão de ser o eco da verdade (vaidade das vaidades) para se personificar, efetivamente, em instrumento social.
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Um comentário:
EXCELENTE!!!!!! MUITO BOM!!! QUEM ESCREVEU ESSE TEXTO? ENTRE EM CONTATO diogofontao@gmail.com
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