mara.vanessa777@gmail.com - AGECOM
Há muito tempo - mas MUITO TEMPO mesmo - eu não me emocionava tanto com um enredo que envolvesse a relação afetiva entre o 'bicho homem' e outro animal. Depois do desenho animado Cavalo de Fogo (Wildfire), me sentia incólume ao apelo emocional desse tipo de abordagem. Leigo engano.
Sempre ao seu Lado (Hachiko - A Dog's Story, 2009) alfinetou até as minhas mais secretas emoções. O longa, dirigido por Lasse Hallström e roteiro de Stephen P. Lindsey, é uma adaptação de uma história real que aconteceu no Japão dos anos 1920: um cachorro da raça akita, originário da província japonesa que lhe gerou o nome, ficou mundialmente conhecido pelo zelo e fidelidade que conservou pelo seu dono, um professor da Universidade de Tóquio. Todos os dias, o cachorro acompanhava-o até a estação de trem, estando lá quando ele retornava para casa. Comportamento que persistiu nove anos depois da morte do professor.
Sempre ao seu Lado (Hachiko - A Dog's Story, 2009) alfinetou até as minhas mais secretas emoções. O longa, dirigido por Lasse Hallström e roteiro de Stephen P. Lindsey, é uma adaptação de uma história real que aconteceu no Japão dos anos 1920: um cachorro da raça akita, originário da província japonesa que lhe gerou o nome, ficou mundialmente conhecido pelo zelo e fidelidade que conservou pelo seu dono, um professor da Universidade de Tóquio. Todos os dias, o cachorro acompanhava-o até a estação de trem, estando lá quando ele retornava para casa. Comportamento que persistiu nove anos depois da morte do professor.
No filme, Richard Gere interpreta o professor Parker Wilson, que encontra o pequeno akita perdido em uma estação de trem e, como não tem aonde deixá-lo (todos se recusam a ficar com o cachorrinho), leva-o para casa. No começo, Parker enfrenta a resistência da mulher, que por ter perdido um companheiro canino, tenta se manter afastada de outras ligações do gênero. Hachiko - nome original do cãozinho e que foi mantido no filme - e o professor Parker desenvolvem um dos sentimentos mais bonitos que podem existir ao redor do planeta: um amor respeitoso, amigo, companheiro, fiel e, acima de tudo, sem hierarquias, tentativa vã de subjulgar um ser ao outro.
O enredo foi muito bem construído e, na minha opinião, não poderiam ter escolhido um ator melhor para representar o professor universitário. Richard Gere tem um semblante sereno, acolhedor, afetuoso. Pode ser que na vida real seja um outro tipo de pessoa mas, à primeira vista, essa impressão foi a que sempre ficou em mim, seja qual for o personagem que ele interprete.
Todas as vezes que Hachiko encontrava com Parker na estação de trem, meus olhos marejavam. Um sentimento forte, indestrutível, havia nascido ali. Destaque para as cenas em que o professor tenta convencer o amigo canino a pegar uma bolinha e como não obtém êxito, tenta ensiná-lo, correndo atrás do objeto ele próprio e o abocanhando. A máxima do amigo de Parker, o professor Ken, também ficou latejando na minha cabeça: "Cachorros japoneses não pegam a bolinha apenas para agradar seu dono ou ganhar um biscoito. (...) Eles não podem ser comprados, como os americanos."
E essa foi a lição máxima da película: amor, amor e mais amor incondicional. Quando o professor Parker falece de ataque cardíaco fulminante, Hachiko continua lá, firme, esperando pelo amigo, enquanto todos retomam suas vidas. Não se trata de ficar parado no tempo e espaço chorando a morte de quem já se foi, mesmo porque isso não traz paz (consolo) a nenhum dos lados. Mas sim, provar que nem mesmo a morte é capaz de interromper um vínculo criado e sacramentado pelos sentimentos verdadeiros.
O enredo foi muito bem construído e, na minha opinião, não poderiam ter escolhido um ator melhor para representar o professor universitário. Richard Gere tem um semblante sereno, acolhedor, afetuoso. Pode ser que na vida real seja um outro tipo de pessoa mas, à primeira vista, essa impressão foi a que sempre ficou em mim, seja qual for o personagem que ele interprete.
Todas as vezes que Hachiko encontrava com Parker na estação de trem, meus olhos marejavam. Um sentimento forte, indestrutível, havia nascido ali. Destaque para as cenas em que o professor tenta convencer o amigo canino a pegar uma bolinha e como não obtém êxito, tenta ensiná-lo, correndo atrás do objeto ele próprio e o abocanhando. A máxima do amigo de Parker, o professor Ken, também ficou latejando na minha cabeça: "Cachorros japoneses não pegam a bolinha apenas para agradar seu dono ou ganhar um biscoito. (...) Eles não podem ser comprados, como os americanos."
E essa foi a lição máxima da película: amor, amor e mais amor incondicional. Quando o professor Parker falece de ataque cardíaco fulminante, Hachiko continua lá, firme, esperando pelo amigo, enquanto todos retomam suas vidas. Não se trata de ficar parado no tempo e espaço chorando a morte de quem já se foi, mesmo porque isso não traz paz (consolo) a nenhum dos lados. Mas sim, provar que nem mesmo a morte é capaz de interromper um vínculo criado e sacramentado pelos sentimentos verdadeiros.
Mudando de tom, assisti este fim de semana a nova roupagem para Robin Hood (2010), protagonizado pelo machão Russell Crowe. Um filme bacana, com excelente fotografia e que desmistifica aquela imagem de Robin como o carinha de verde, quase um duende, de arco e flecha e que traduz o clichê ''lutar pelos fracos e oprimidos''. Não obstante, eu não posso deixar de citar as contrapartidas:
1 - O filme tem cheiro, voz, tato, paladar e audição de Gladiador (2000), épico que narra a história do general escravizado Maximus (interpretado por Crowe);
2 - Algumas partes poderiam muito bem terem sido omitidas, diminuindo o vai-e-vem que, algumas vezes, se instala no enredo;
3 - Senhores diretores, apostar em continuidade e senso costuma ser bom, afinal de contas, como assim Robin Hood, o truculento arqueiro do exército do rei Ricardo Coração de Leão, transforma-se, quando lhe convém, em exímio orador? De onde vem a conexão e lembrança do velho Sir Walter Loxley e o passado de Robin? Meio fora de órbita, deixando as coisas no ar.
No mais, é uma boa produção, estrelada por excelentes atores, mas que deveria ser melhor aproveitada/direcionada. Viva o Gladiador!
2 - Algumas partes poderiam muito bem terem sido omitidas, diminuindo o vai-e-vem que, algumas vezes, se instala no enredo;
3 - Senhores diretores, apostar em continuidade e senso costuma ser bom, afinal de contas, como assim Robin Hood, o truculento arqueiro do exército do rei Ricardo Coração de Leão, transforma-se, quando lhe convém, em exímio orador? De onde vem a conexão e lembrança do velho Sir Walter Loxley e o passado de Robin? Meio fora de órbita, deixando as coisas no ar.
No mais, é uma boa produção, estrelada por excelentes atores, mas que deveria ser melhor aproveitada/direcionada. Viva o Gladiador!
Um comentário:
mara, para de desviar o foco. hahha deixa o Wood em paz, cara. kkkkkk
Postar um comentário