terça-feira, 14 de maio de 2013

Nova regra estipula idade para doação de óvulos


As mulheres que desejam engravidar e também dependem da doação de óvulos, poderão recebê-los até os 50 anos de idade.

          O Conselho Federal de Medicina (CFM) deliberou a nova regra que estipula idade para doação de óvulos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e passou a valer a partir da quinta-feira (09). Esta resolução favorece mais as brasileiras já que no Brasil não existe nenhuma regulamentação legislativa que permite a prática em período fértil.

          "É comprovado que a idade reprodutiva da mulher é até os 45 anos. Elevamos para 48 anos e depois de uma discussão exaustiva chegamos aos 50 anos. A partir daí existem riscos para a mulher e para a criança", explicou José Hiran Gallo, coordenador da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM.

          Apesar disso, os ginecologistas e geneticistas têm ciência de que a regra poderá ter exceções.  "Da mesma forma que, em alguns casos, o médico pode decidir não fazer o procedimento em mulheres mais novas, por considerar que não terão condições de gerar, ele pode também flexionar em casos de mulheres acima de 50 anos, se considerar que elas teriam condições de engravidar", explicou Carlos Vital, vice-presidente do CFM.

          Especialistas dizem que uma mulher acima de 40 anos têm poucas chances de engravidar, no entanto, até os 35 anos, as chances são superiores a 40%. Isto reduz a gestação múltipla, ou seja, de dois ou mais filhos, sendo considerada gestação de risco para mulheres acima de 40 anos de idade.

          Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), no Brasil cerca de 5% das fertilizações in vitro são feitas gratuitamente e o processo varia entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. Para evitar qualquer tipo de eventualidade posterior, as doações compartilhadas exigem sigilo das clínicas sobre as doadoras, porém fornecem todos os tipos de informações físicas e até a escolaridade, para aproximar características físicas e compatibilidades como a de sangue.

Texto: Jonalisa Costa - Repórter / Estudante
Edição: Fernando Brito
Fonte: Agência Brasil

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