domingo, 13 de abril de 2014

Vidas que mudam, ações que transformam

Vidas que se transformam com a qualidade na prestação de serviços. São assim os assistidos que vivem e convivem acompanhados direta e indiretamente pelos profissionais dos Centros de Assistência Psicossocial (CAPS).

O que parecia ser um mal sem cura para muitos familiares, hoje é considerada por eles mesmos uma grande forma de mudar o cenário de vida que tinham, em virtude do sentimento de apoio ao próximo desenvolvido pelos profissionais de saúde especializados no assunto junto às ações de saúde mental que a atenção básica de saúde de cada município exerce. A autoestima e a autovalorização estão entre as mudanças consideradas essenciais no processo de acompanhamento pelos profissionais dos CAPS.

De modo direto os usuários são acompanhados todos os dias e as mudanças iniciais de comportamento sempre surgem após 15 ou 17 dias, conforme a utilização dos medicamentos. “A nossa zona rural é muito extensa. Para a maioria, há dificuldades de locomoção, para outros, há situações adversas que os impedem de vir para o acompanhamento direto. Nesses casos, a família vem e faz o acompanhamento com a psiquiatra e com a psicóloga e retornam para casa”, comenta a coordenadora do CAPS de Amarante, Osira Patrícia.

Matriciamento da saúde mental em Teresina

Atualmente, o Piauí possui 45 Centros de Atenção Psicossocial. Só em Teresina são 8. Hoje, a capital piauiense desempenha a política de matriciamento da rede de saúde mental, que funciona com equipes multiprofissionais e devem dar suporte em saúde mental na atenção básica através das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF).

A proposta do matriciamento da saúde mental é que as equipes de saúde da família discutam casos, intervenções de crise junto aos familiares e a comunidade, atendimento conjunto em casos de crise e ainda, através de mecanismos regulares de supervisão e capacitação.

Segundo o gerente de Atenção Psicossocial da Fundação Muncipal de Saúde de Teresina, Samuel Rego, "o objetivo do matriciamento da saúde mental é garantir que as equipes de saúde da família se vinculem aos pacientes, e aos seus familiares, e se responsabilizem pelas ações que são desencadeadas no processo da assistência em saúde mental, garantindo a integridade da atenção especializada em todo o sistema básico de saúde".

O tratamento e a relação com a família

No caso de usuários de drogas que deixam o vício, os primeiros sorrisos são percebidos na segunda semana de acompanhamento. O contentamento da equipe de saúde, bem como da família imensurável. Saber que ex-usuários de drogas e de álcool passaram por um tratamento no serviço de saúde pública é de se vangloriar. 

Nesses casos, o maior apoio deve vir, considerado um dos fatores preponderantes no tratamento dos usuários. "Os resultados positivos somente são possíveis porque a relação com os familiares é muito boa", finaliza Osira.

Texto: Denison Duarte - Colaboração Agecom
Edição: Fernando Brito

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